1.
inscrevi uma pequena coletânea dos meus contos em uma chamada para publicação. torçam por mim, apesar da breve confissão que farei a seguir.
para inscrever a coletânea, era preciso ter uma determinada quantidade de páginas no arquivo. então, revirei minhas pastas e achei uns cinco ou seis contos que e eu já tinha escrito há um tempo e já estavam mais do que revisados. lutei pra não revisá-los mais uma vez e juntei tudo em um documento do word com a formatação do edital e enviei. lá pedia pra que a coletânea tivesse um nome. eu não tinha um nome praquela junção de contos que, até então, nunca estiveram juntos. meu cartesianismo inato me fez procurar alguma relação entre os textos pra criar um nome que fosse coerente. ei-lo então.
“contos de amor, cansaço e cansaço”.
2.
estive de férias da escola nas últimas semanas. a julgar pela quantidade de conteúdo criado nas redes sociais sobre e para professores, imagino que não seja segredo para mais ninguém que as férias são alívio sobretudo para quem trabalha nas salas de aula da vida. enfim: descanso quem sabe.
o fato é que, agora, chegando ao final desse pequeno recesso, descobri pra minha grande tristeza que tirei férias errado. eu me planejei para fazer inúmeras coisas, mas o cansaço acumulado me impediu de me organizar para fazê-las. então, no fim das contas, eu descansei bastante e até comecei a assistir “atlanta”, que é uma série lindíssima, mas na real mesmo acabei não fazendo as coisas que eu queria ter feito de início e ficou esse sentimento ruim de insuficiência.
enfim, o não trabalho das férias me fez ver que eu deveria ter trabalhado melhor nas férias, mas eu precisava ter descansado, o que eu meio que fiz, mas me interrompi várias vezes por causa do trabalho que eu queria ter feito e só poderia fazê-lo nas férias e isso me impediu de descansar direito. em suma, o capitalismo venceu mais uma vez.
3.
daí o nome da minha coletânea de contos — sobre a qual talvez eu nem tivesse que estar falando aqui, mas acho que não tem nada no edital que me impeça, embora a galera que acredita no universo afirme categoricamente que só devemos falar dos nossos projetos quando eles já estiverem realizados (mas isso também não tá em nenhum edital — espero). afinal de contas, o cansaço representa um papel muito importante na minha vida.
é ele quem quase sempre pauta minhas decisões éticas e morais.
olá, pessoa que lê. tudo bom? como você deve ter notado a newsletter mudou. voltei a usar o nome principalmente etc. espero que não se importe. outra coisa é que em breve vou voltar com meu outro projeto, que é o português na caixa — assine aqui.
* * *